Das claridades epifânicas de um ser em desequilíbrio

Sou uma pessoa que entende muito das coisas opostas,
porque eu me permito conviver com elas e eu as aceito como legítimas.
Ah, e se eu tivesse a oportunidade de ser outro, 
                                                                         em outra vida,
                                                                         com toda experiência dessa vida na outra,
talvez eu escolhesse o outro lado.
Sim,
porque eu creio que não há felicidade se eu não procurar a completude das coisas.
E as coisas completas são cheias de tudo.
Do que é meu e do que não me pertence.


Parece tão fácil, depois que se entende...


Eu quero viver a completude do amor. 
Por isso, eu percebo que sempre busco nele o oposto do que eu sou.
Meu amor é incompleto em si mesmo. 
Eu sou só o lado que cabe a mim.
                                                   E quero saber do outro amor.
                                                   Para poder me encher dele e ser completo. 

Mas entenda:
se eu quiser SER o outro amor, anulo a parte que eu já tinha e mais uma vez estarei incompleto...
Respeito o meu amor, mas preciso permitir-me com o outro.
Só assim estarei
e o amor estará completo.

O que é e o que não se é, em harmonia.
Dentro de si, até o que não é de si. 

EQUILÍBRIO.

Claramente, tenho dito.



Comentários

  1. Lindo texto... Isso é uma fatia nostálgica para mim (ou nós)! Uma amizade muito bem alicerçada! ^_^

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

"It's not easy to be me"

Véu nos olhos

Escolher